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Jovem revelação baiana, Beatriz Dumêt, disputa mundial de triatlo no Canadá

Redação Bahiarun, 28 de agosto de 2014

Beatriz Dumêt, jovem revelação baiana disputa Mundial de triatlo no Canadá (Foto: Divulgação portal A Tarde)

Revelação baiana disputa Mundial de triatlo no Canadá (Foto: Divulgação portal A Tarde)

Todas as atenções do meio esportivo baiano estão voltadas para o Mundial de triatlo 2014, que ocorre da quarta-feira, (27/08), até o dia 1º (segunda), em Edmonton, no Canadá.  Na competição mundial estará presente a jovem revelação baiana, Beatriz Dumêt, uma futura promessa para ser uma das representantes do estado nas Olimpíadas de Tóquio em 2020.

Beatriz Dumêt é uma soteropolitana de 16 anos que possui cerca de três dedicados à prática do triatlo. Tempo muito curto para obter resultados expressivos em um esporte no qual a experiência e resistência fisiológica são fundamentais no desempenho do atleta.

Contudo, a carreira de Bia Dumêt (como é conhecida) já possui marcas notáveis. Na última quarta, na prova de aquatlo, e na sexta, 29/08, na de triatlo sprint (250 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, metade do triatlo olímpico), ambas até 19 anos, Bia compete em seu segundo Mundial.

No primeiro, em Londres, em 2013, ela já chamou a atenção de todos por ser a atleta mais jovem do evento, sendo motivo de matérias de mídias britânicas, entre elas a da famosa rede BBC. Os resultados já obtidos, para uma iniciante recém-chegada à adolescência, foram bem positivos: 9º lugar no aquatlo e 33º lugar no triatlo sprint.

Agora, com um ano a mais de experiência e com um melhor desenvolvimento físico e técnico, é possível que ela consiga resultados mais expressivos. "Treino duro para isso. E, para melhorar meu desempenho, tenho buscado aprimorar técnicas, principalmente na transição (das modalidades). Por todo o trabalho que tenho feito, não estou distante de atingir minhas metas", comentou Bia.

As palavras não se referem apenas ao Mundial no Canadá. Na verdade, a maior meta de Beatriz Dumêt é ser a primeira triatleta da Bahia a disputar uma Olimpíada. Experiência ela já está adquirindo e talento não lhe falta. No circuito baiano profissional, ela é imbatível, tendo conquistado as duas etapas de 2014 com folga de, ao menos, três minutos para a segunda colocada (o tempo médio de Beatriz no sprint é 1h10min).

No brasileiro, quando compete no profissional júnior, tem ficado entre as três mais bem colocadas. Já no amador até 19 anos, ela tem vencido com tempo melhor, inclusive, do que todas as outras categorias por idade. Foi o caso da etapa de Palmas do circuito nacional SESC Triathlon, há 10 dias.

Em meio aos grandes atletas do país, ele foi a campeã no amador geral feminino. Os resultados são expressivos para quem só começou a competir em outubro  de 2012. Até os 13 anos, Beatriz era atleta de ginástica artística. Cansada das lesões e influenciada por um tio, mudou para o triatlo.

A partir dali, a dedicação foi absoluta. E, aos poucos, tem tirado a diferença para as atletas top do país, que diferente dela, começaram bem mais cedo no triatlo, com seis ou sete anos de idade. "Para se chegar à Olimpíada, o caminho é doloroso e é preciso  viver uma vida 'não normal'. Porém, ao falarmos em Beatriz, falamos em compromisso, determinação e condições físicas. O Brasil tem cinco atletas júnior que estarão brigando por duas vagas em 2020. Beatriz pode chegar lá. Aperfeiçoar-se no triatlo requer tempo. O triatleta começa a entrar na forma em nível mundial entre 21 e 24 anos e inicia a maturação entre 27 e 32. Essa rotina será a Beatriz nos próximos 10 a 20 anos", comentou Fábio Ramos, técnico de Beatriz e da Confederação Brasileira de Triathlon.

A baiana ainda comenta que  "Sei que eu ainda tenho que melhorar, em especial na natação, esporte que só treinei pela primeira vez aos 13 anos. A Bárbara Santos (top nacional do profissional júnior), por exemplo, treina natação desde os cinco. Quanto compito com ela, já saio da água 40 segundos atrás. Aí, fica difícil recuperar. Porém, estou focada nos treinos. Tenho abdicado de muita coisa na vida pessoal, mas,  tudo vai valer a pena quando conseguir representar a Bahia nas Olimpíadas de 2020, 2024 e, quem sabe, 2028".


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