Triatleta leva choque elétrico e morre após disputar o Ironman 70.3 nesse último domingo em Brasília

Redação Bahiarun, 8 de abril de 2014

(Foto: Divulgação UOL)

O triatleta Tiago Pereira, de 28 anos, morreu neste domingo (06/04/2014) em Brasília após completar a prova do "Ironman 70.3" e tomar um choque elétrico ao encostar na estrutura metálica de um dos estandes montados para o evento. De acordo com a empresa organizadora da prova, a Latin Sports, o atleta foi levado para o Hospital de Base minutos após receber o choque, mas não resistiu e faleceu.

O acidente fatal aconteceu após o encerramento da prova, por volta das 13h30, e foi presenciado por participantes, organizadores e alguns espectadores. Pereira foi a única vítima no episódio. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o atleta chegou a ser atendido e reanimado no hospital, mas morreu pouco depois das 16h. A polícia investiga a morte.

De acordo com o delegado Miguel Lucena, titular da 10ª  Delegacia de Polícia (Lago Sul), o atleta sofreu um ataque convulsivo após terminar a prova e ainda não se pode afirmar que a causa da morte foi a suposta descarga elétrica que ele levou, admitida pela organização da prova. "Ele sofreu essa parada cardiorrespiratória e ainda não sabemos a causa da morte. Apenas a autópsia poderá dizer qual foi o motivo disso", declarou à imprensa na manhã desta segunda-feira (7). Segundo ele, há testemunhas que viram Pereira começar a ter a convulsão após encostar em uma estrutura metálica.

O "Ironman 70.3" reuniu cerca de 1.200 atletas de diversos países em Brasília no domingo. "Ainda não sabemos se foi homicídio culposo por causa de negligência ou apenas uma tragédia", afirmou o delegado. A largada foi dada às 07h00, e os atletas tinham de superar 1,9km de natação, 90,1km de ciclismo e 21,1km de corrida.

A Polícia Civil do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (07/04) que vai instaurar um inquérito para investigar a morte do atleta Tiago Pereira, 28 anos. Ele morreu após levar um choque elétrico em um dos estandes da Expo Ironman na tarde desse domingo (06/04).

O delegado da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Miguel Lucena, vai ouvir testemunhas e analisar os resultados da perícia para apontar as responsabilidades da morte de Tiago. "Ainda não se sabe se foi homicídio culposo ou apenas uma tragédia", explicou.

Após a confirmação da morte do atleta, a organizadora do Ironman 70.3 Brasília, a Latin Sports, enviou uma nota de esclarecimento e pesar. No texto, a empresa diz que "lamenta profundamente o incidente" e que o atleta foi levado ao Hospital de Base logo após receber o choque elétrico.

Em nota, a Latin Sports comunicou que Tiago "estava dentro da ambulância sendo atendido por um médico contratado para o evento em dois minutos". A empresa afirma sentir profundamente o incidente e que está prestando toda a assistência à família do atleta, que está em Brasília, e acompanha as investigações sobre a causa da tragédia. A Latin Sports afirma que a montagem do estande onde aconteceu o acidente foi terceirizada, mas "não se exime de sua responsabilidade".

A morte de Tiago Pereira em Brasília deixou familiares, amigos, colegas e alunos consternados na Serra gaúcha. Tiago completaria 29 anos nesta segunda-feira (ontem, 07/04/2014), e provavelmente teria uma festa surpresa na Academia Raiar, em sua cidade natal, em Caxias do Sul, onde era professor de musculação e natação. O triatleta havia se casado há menos de um mês.

"Está todo mundo transtornado. Não existe condição de trabalho e por isso preferi fechar a academia Raiar nesta segunda-feira. O pessoal estava até preparando alguma festa surpresa para ele. É muito triste" revelou o amigo de Tiago Pereira, Jovir Luiz Demari, o Didio, coordenador das academias Raiar e Pranadar, da qual Tiago era técnico da equipe competitiva de natação.