Marily dos Santos é destaque na Maratona Internacional de São Paulo 2012
André Araújo, 23 de junho de 2012
Confirmando sua espetacular fase, Marily dos Santos foi a melhor brasileira na Maratona Internacional de São Paulo, no último domingo, conquistando o 5º lugar. A atleta Rumokol Chepkanan, do Quênia, venceu e estabeleceu o novo recorde da prova com o tempo de 02h31min31s.
Como a melhor atleta brasileira, Marily dos Santos, chegou na quinta colocação na classificação geral feminina com a marca de 02h40min37s.
O tempo em São Paulo esteve bom, com temperaturas mais amenas, variando entre 17 e 18º, pouco vento e umidade relativa do ar em 67%, fazendo com que a prova fosse perfeita para estabelecimento de tempos mais baixos.
No masculino Solonei Rocha da Silva venceu a prova a 18ª edição da Maratona Internacional de São Paulo, impondo um ritmo forte e andou na cola dos quenianos para buscar a vitória em sua estreia na competição.
O atleta, natural de Penapólis (SP), completou os 42,1km em 02h12min25s. Seguido pelos quenianos Hillary Kpchirchir Kimaiyo (02h16min37s) e Katui Kipkemoi (02h17min32s).
Por outro lado, Marily fez a prova de olho na pontuação dos 2 circuitos que ela participa. Por incrível que pareça mesmo com todo o cansaço das várias e seguidas provas que vem disputando, Marily agora lidera os 2 circuitos: Liga de Ouro da Yescom/Globo e o Circuito CBAt/Caixa.
Contando com um enorme pelotão de africanos (etíopes, marroquinos e quenianos) cada ano que passa a Maratona Internacional de São Paulo aumenta o nível técnico da prova, mas ainda assim, mesmo com o nível evoluindo, os brasileiros disputam em nível de igualdade com os atletas africanos esse alto nível de desempenho.
As 07h50 ao largar a categoria feminina os termômetros marcavam 15 graus e isso indicava um ritmo forte enquanto esse clima frio se confirmasse, e foi isso que exatamente aconteceu.
As africanas em bloco passaram a marca da meia maratona (21,1km ) para pouco mais de 01h14min30s, um ritmo fortíssimo para quem ainda enfrentaria outros 21,1km bem diferentes dos primeiros, pois a segunda metade da prova possui mais túneis e subidas, além do clima que costuma esquentar.
“É justamente este leque de opções que também contribui para tornar a Maratona Internacional de São Paulo um evento cada vez mais interessante para os corredores. Tivemos mais uma edição incrível e que, novamente, coloriu as ruas da capital paulista", comentou Thadeus Kassabian, diretor de operações da Yescom, empresa promotora da prova.
A prova possui um percurso considerado duríssimo. As atletas Marily dos Santos e Suely Pereira da Silva que eram as brasileiras mais cotadas a um possível pódio viam de longe o pelotão com 7 africanas estabelecer 4 minutos de frente nessa primeira parte da prova.
“Essa postura conservadora foi adotada porque as atletas brasileiras frequentemente disputam provas o ano todo, enfrentando as africanas descansadas e que são preparadas exclusivamente para essa maratona”, comentou Gilmário Mendes, treinador de Marily.
Marily controlando o ritmo e o cansaço de um semestre puxado pela busca do índice olímpico, fez a tática de manter a paciência. No km 30 ela era ainda oitava, mas foi se aproximando de 2 quenianas que não suportaram o ritmo alucinante inicial.
Assim, Marily apertou o ritmo e ultrapassou a sexta colocada no km 32 e em seguida a quinta no km 36, fechando dessa forma o pódio de premiação que ficou repleto de estrangeiras e tendo apenas ela como representante do Brasil.
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