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Corra, turista, corra: há maratonas para todos

Nay Borges, 8 de abril de 2011

Largada da Maratona de São Paulo 2010 / Fonte: oglobo.oglobo.com

Da Bem Paraná

Por Dayse Regina Ferreira

Maratonas acontecem praticamente todos os finais de semana, no mundo todo. Dá para  fazer a volta ao planeta, sempre correndo. Em 2009 participaram mais de 1.1 milhão de corredores amadores em meias maratonas nos Estados Unidos, contra cerca de 900 mil no ano anterior.  Só a Federação Paulista de Atletismo registrou 374 provas no Estado, com um aumento de 24% de participação em relação a 2009.É bom saber que acontecem mortes durante os eventos esportivos, como a do corredor de 36 anos que sofreu um ataque cardíaco ao cruzar a linha de chegada de uma meia maratona nos Estados Unidos. Então, se você é dos que está se preparando para sair correndo, convém fazer um exame médico adequado, já que a maratona exige muito do corpo, há perda excessiva de sódio, aumento demasiado da temperatura do corpo, perigo de desidratação, lesões musculares e claro, ameaças constantes ao coração. Os médicos aconselham a visita a um especialista em esportes, exames de laboratório, eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma. Previne, mas não impede problemas. Correr também envolve emoção, adrenalina, sensação de poder. Muitas maratonas exigem competição em 47 quilômetros! Escolha seu melhor caminho, se correndo ou se assistindo a corrida. E veja que são muitas as viagens programadas para tantos eventos no mundo.
O ano começou com a Maratona Disney, entre 6 e 9 de janeiro, com largada no Epcot Center. Mas você pode se preparar para a 17ª. Maratona de São Paulo (foto), que vai acontecer em 19 de junho. Preferindo Foz do Iguaçu, vá para a 5ª. Meia Maratona das Cataratas, agendada para 3 de julho. O Rio de Janeiro realiza sua Maratona no dia 17 de julho. Mas Londrina entra no roteiro, realizando a sua 1ª. Maratona no dia 28 de agosto.
INTERNACIONAIS
Aproveite para conhecer as belezas do Marrocos, no dia 1º de abril, com a Marathon des Sables, que acontece em Ouarzazate. Preferindo a cultura européia, vá até a Alemanha no dia 3 de abril, quando acontece a Rothaus Freiburg. A cidade é linda e merece uma boa estada. No dia 8 de abril é a Jordânia que recebe a Maratona do Dead Sea (Mar Morto) e no dia 10 de abril, dá para conhecer a Grécia, participando ou assistindo a Maratona Alexandre, o Grande, em Tessalônica. A Polônia também faz a sua corrida, no dia 17 de abril, na bela Cracócia. No mesmo dia acontecem a Maratona Internacional de Zurique (Suíça); a  Virgin London Marathon (Londre) e a Maratona de Madri, na Espanha.  As mais famosas são as de Nova York, de Berlim (setembro) e Amsterdam (outubro).
HOSPEDE-SE, LITERALMENTE, COMO UM REI
Está para ser inaugurado, no final de 2011, um hotel junto ao Palácio de Versalhes, um dos pontos turísticos mais procurados e famosos da França. O Hotel du Grand Controle, que já foi casa dos consultores financeiros dos reis da França, recebeu cerca de 12,3 milhões de reais ( 5,5 milhões de euros) da empresa Ivy International (Bélgica),  como parte do acordo que garante a manutenção do edifício histórico. Serão apenas 23 quartos, para poucos e bons ( e ricos,  é claro), com vista para l’Orangerie, os  famosos jardins do  palácio. A firma que  faz a restauração do prédio e se compromete a conservar e manter suas características básicas, vai poder explorar comercialmente o lugar durante trinta anos. O que mostra que o governo francês está mesmo deficitário. O Hotel du Grande Controle foi construído em 1680 e foi considerado pela Unesco como uma das grandes realizações da arte francesa do século 17. Tem 1.700 metros quadrados de área e funcionou como controladoria entre 1723 e 1789, época em que a Revolução Francesa acabou com o absolutismo. No século 19 já fazia parte do Ministério da Guerra e era utilizado como refeitório para oficiais, o que durou até 2006. O Palácio de Versalhes retomou posse do lugar somente em 2009. Dista apenas 16 quilômetros de Paris e foi sede do governo de Luis 14, o Rei Sol, em 1682. Prepare entre 500 a 600 euros para pagar a diária estimada na abertura do novo hotel de luxo, junto aos esplendores do passado francês.
GRANDES CASTELOS DA EUROPA
E quem gostou da idéia de se hospedar em Versalhes, vai gostar também de conhecer os castelos do Reno, que podem ser melhor apreciados com os cruzeiros fluviais que percorrem o poderoso rio, formado pelo degelo dos Alpes suíços e que percorre 1.2 mil quilômetros no coração da Europa.
Os primeiros castelos ficam no trecho de 80 quilômetros entre as cidades de Mainz e Koblenz, na Alemanha. Uma região que concentra 30 construções importantes da fase medieval. Uma delas é o Castelo Pfalzgrafenstein, uma fortaleza construída emm 1326 pelo rei Ludwig, o Bávaro, com o único objetivo de receber dinheiro dos navegantes. O castelo tem uma forma de navio e sua função ultrapassa a harmonia estética: as seis torres de vigia aumentam o apoio dos parapeitos, que enfrentam a correnteza do Reno e sua curvatura protege contra inundações e grandes degelos. O Burg Katz, construído pelo arcebispo de Trie, na margem leste do Reno, e o Burg Maus, erguido como uma espécie de resposta dos poderosos condes de Katzenelnbofen na margem oposta. O clero e os senhores brigavam pela conquista de cada pedaço de terra das margens do Reno, ávido por instalar postoa de pedágio e pela produção de vinho, principal riqueza da região. Mas o maior tesouro do Reno é o Marksburg, do século XIII, construído tão próximo da beira do precipício, que em alguns trechos suas paredes são confundidas com a própria rocha da montanha. As escadarias e a entrada principal foram escavadas diretamente na ardósia da rocha. O telhado pontiagudo também é de ardósia, retirada das fundações do castelo. No final da escadaria fica a construção mais antiga, o Palácio Romônico. No pátio central, muito estreito, fica o Palácio Gótico. Protegido por São Marcos, as lendas do Marksbug persistem até hoje e há uma que surgiu no século XX e conta que São Marcos impediu que a princesa residente no Palácio se casasse com um cavaleiro que era, na verdade, a encarnação do próprio diabo. São Marcos apareceu a um monge e depois ao próprio casal, munido de uma cruz e uma espada encantada. Em 1937 um turista parou por alguns instantes na capela para orar e tirou uma foto de uma janela. Quando a foto foi revelada, tinha uma silhueta negra de uma pessoa orando ajoelhada em frente ‘a janela. Que o povo atribuiu a São Marcos. Bom, lendas são lendas, e o castelo merece ser visitado. Encantado ou não, o Marksburg sobreviveu ao tempo e também ‘as granadas americanas. Ficou na  linha de combate durante a guerra. Muitos dos castelos do Reno foram transformados em hotéis, onde o turista tem a chance de voltar no tempo e viver seus gloriosos dias de rei, rainha, senhores feudais, até voltar a ser plebe novamente. Navegar pelo Reno na primavera, verão, outono, é uma experiência única que vale a pena provar.
PAÍSES DA EUROPA CENTRAL NA BRAZTOA
Um dos principais eventos do turismo – Braztoa – que reúne operadores associados na promoção de seus produtos aos profissionais do turismo, realizou com muito sucesso a edição 2011, em São Paulo. Turquia esteve representada pela primeira vez e o chamado V4,  —República Tcheca, Polônia, Eslováquia e Hungria — mais uma vez trabalhou em conjunto. Quem dirige o grupo é Luiz Fernando Destro, representante no Brasil da República Tcheca. Destro foi o anfitrião de Petr Lutter, diretor do departamento de Turismo daquele país, József Németh, diretor do departamento de Turismo da Hungria , Maria Lichota, consultor do departamento de marketing da Polônia e Anna Cichonska, diretora do departamento de planejamento de marketing da Polônia. Luiz Fernando Destro está comemorando o aumento de 27,5%  —em apenas um ano —, na presença de turistas brasileiros na República Tcheca. Foram 40 mil visitantes do Brasil, um feito de destaque, já que até pouco tempo nosso país nem aparecia nas estatísticas na terra de Mucha. Hoje é 0.6% do market share, empatado com a Croácia e Finlândia, superando Portugal e Irlanda. O Brasil é o primeiro  nas emissões entre países latino americanos e os bons resultados são devidos  ao correto planejamento nos investimentos, que começaram com a formação de um pool de operadoras, seguidos de campanhas publicitárias, treinamento de agentes de viagens, e viagens de familiarização com o produto, realizadas para profissionais do turismo e imprensa. No início, a República Tcheca investiu em seus  ícones mais famosos, como a capital, Praga. Depois incluiu na promoção Karlovy Vary e Cesky Krumlov, cidades históricas que logo chamaram a atenção dos brasileiros mais viajados. Plsen, Brno e Olomurc entraram na divulgação um pouco mais tarde. Agora o enfoque é a vivência de experiências, destacando golfe,cafés históricos, Spa, rotas da cerveja, música clássica ou shows populares, em experiências em castelos e palácios. Apoiando as iniciativas promocionais, a Czech Tourism lançou agora seu perfil em português no facebook Procure por República Tcheca e  torne-se mais um amigo.  Luiz Fernando Destro representa o país no Brasil através de seu escritório em São Paulo (3256-8288) e participa em promoções conjuntas do Grupo V4 – República Tcheca, Polônia, Hungria e Eslováquia -, o famoso European Quartet – One Melody.

EURO  JÁ EXISTIA EM 1865

O euro fez sua entrada mundial em 1º de janeiro de 2002. Mas muito antes já existiu uma moeda comum a vários países independentes. A tentativa de uniformização da moeda na Europa aconteceu 136 anos antes, uma iniciativa da França, em 23 de dezembro de 1865. A Bélgica, a França , a Itália e a Suíça ( ao menos, daquela vez) assinaram uma convenção monetária. Mais tarde a Grécia se juntou aos bons, em 8 de outubro de 1868. Na verdade não era o caso de uma moeda única,  mas da unificação dos valores das divisas dos países, baseados em francos. Somente as moedas entravam no acordo porque, como foi explicado, não era possível pedir aos caixas dos bancos e aos comerciantes que  reconhecessem os diferentes papéis moeda. As moedas metálicas tinham todas os mesmos tamanhos, o mesmo peso e eram do mesmo metal: ouro ou prata. Na realidade a convenção apenas oficializou e racionalizou uma prática já existente: o reino do Piemonte-Sardenha e o ducado de Parma (desde 1815), a Bélgica (1831), a Suíça (1851) e o restante dos Estados italianos (1860) estavam alinhados ao sistema monetário francês, embora preservando suas moedas nacionais. Outros países vão seguir a idéia, sem no entanto ratificar a convenção: a peseta espanhola e o marco finlandês se alinharam com o franco; a Áustria,, Hungria e a Rússia usaram unidades diferentes, mas o rublo valia 4 francos. Seguiram-se a România, Bulgária e Sérvia e o movimento chegou até o Atlântico, com a Colômbia, Haiti, Argentina e Venezuela . Ao todo, eram 17 países. Os Estados Unidos quase se deixaram levar. Em todas as partes, as peças de ouro e prata eram aceitas, com mesmo valor, em todos os países.O câmbio deixou de ser necessário. Mas as coisas começaram a balançar quando foram descobertas minas de prata e ouro na América Latina, acabando com a paridade entre os dois metais. Muito rapidamente deixou-se de cunhar moedas de prata (1978 na França), levando ‘a existência apenas das moedas de ouro. Oficialmente, a União acabou em 1928. Mas na verdade, começou a ser condenada com a guerra de 14-18, quando a circulação das moedas de ouro foi interditada.


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