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Ela foi a primeira a encarar o desafio e ajudou às mulheres na participação em maratonas

Redação Bahiarun, 7 de outubro de 2016

Kathrine correu com o número 261 a Maratona de Boston de 1967 (Foto: Divulgação)

Kathrine correu com o número 261 a Maratona de Boston de 1967 (Foto: Divulgação)

Durante muito tempo, correr uma maratona era um desafio permitido apenas para homens. As mulheres demoraram a ser reconhecidas oficialmente como atletas da distância. E Kathrine Switzer foi quem tratou de dar um passo fundamental nesse sentido, do jeito mais difícil possível: uma inscrição duvidosa e a fúria de um diretor da prova, com direito a ataque sobre Kathrine, marcaram sua estreia.

Ela peitou regras, gerou revolta e ajudou mulheres a estarem em maratonas. Kathrine correu, a revelia, e usou de forma disfarçada o número 261 a Maratona de Boston de 1967.

Tudo isso aconteceu na tradicional Maratona de Boston, em 1967, justamente na maratona anual mais antiga do mundo. Um ano antes, uma americana já havia disputado a prova sem estar inscrita. Em 1959, outra competidora fez a distância oficialmente, mas numa prova pequena. Foi Kathrine Switzer, aos 20 anos, quem peitou a organização da Maratona de Boston para fazer história.

E a expressão "peitou" é quase uma descrição literal. Após a largada, nos primeiros metros, Kathrine ouviu Jock Semple, diretor da prova, exigir sua saída. Irritado, ele partiu para cima da corredora e tentou puxá-la para fora do percurso. O namorado dela na época a protegeu: deu um tranco definitivo no diretor e o empurrou. O casal, então, continuou seu caminho.

A imagem dessa confusão ganhou o mundo. Com a expressão de espanto no rosto, Kathrine manteve suas passadas e completou os 42.195 metros em 4h20min. Na blusa, ela ostentava o número de peito 261. Mas como ela tinha número de peito se a inscrição para mulheres era proibida naquele ano?

Kathrine se inscreveu com seus primeiros nomes abreviados: K.V. Switzer. Segundo ela, a ideia não era enganar a organização, mas apenas usar o apelido que usava nas matérias que escrevia nos tempos de jornal da faculdade. Kathrine ainda contou com um descuido da organização, que só se deu conta do equívoco no dia da corrida.

Mas aí já era tarde. O resto virou história. "Quando vou para a Maratona de Boston agora, fico com os ombros molhados: muitas mulheres choram de alegria nos meus ombros porque correr mudou a vida delas. Elas sentem que podem fazer qualquer coisa", resumiu Kathrine ao The Nation.

E 50 anos depois do dia que se tornou importante para tantas mulheres, Kathrine voltará à prova como convidada na edição de 2017, no dia 17 de abril. Ela terá 70 anos, mas é bom não duvidarem de sua coragem.

Fonte: UOL


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