Atleta brasileira mais bem colocada na São Silvestre é pega no exame antidoping
Redação Bahiarun, 9 de fevereiro de 2016
A corredora brasileira mais bem colocada na última edição da Corrida de São Silvestre, que conquistou o quarto lugar, Sueli Pereira foi flagrada no exame antidoping por uso do hormônio Eritropoietina (EPO), que aumenta a oxigenação do sangue. A informação foi publicada essa semana pelo Blog do Ohata, do UOL.
O EPO é conhecido por aumentar o desempenho através da maior oxigenação do sangue. Pela primeira vez testes deste tipo foram realizados na tradicional prova, que aconteceu no dia 31 de dezembro. Depois, no dia 10 de janeiro, em Cuiabá, ela voltou a testar positivo, quando ficou em terceiro. A atleta abriu mão de fazer a contra-prova nos dois casos.
Foi a primeira vez que testes de EPO foram realizados na tradicional prova da São Silvestre, que neste ano viu ser aplicado um número recorde de 26 testes pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Para uma prova de 15 quilômetros, como é o caso da São Silvestre, o teste de EPO pode ser considerado o mais importante.
A brasileira tinha índice olímpico para participar da prova da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio, mas é dona apenas da quarta melhor marca do país atualmente. Só as três primeiras se classificam.
A atleta abriu mão de utilizar nos dois casos a prova “B'', que deve “bater'' com o resultado original para dirimir qualquer possibilidade de erro. A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) foi notificada dos dois casos, como é de praxe.
A prova feminina da São Silvestre foi vencida pela etíope Ymer Wude Ayalew, com o tempo de 54min. Sueli terminou a prova 15 segundos depois. A brasileira com o segundo melhor tempo foi Joziane Cardoso, 54min22s.
À época da São Silvestre, o secretário nacional para a ABCD, Marco Aurelio Klein, dissera que o objetivo era mandar a mensagem de que as provas de rua passarão por um estrito controle antidoping, o que não acontecia anteriormente.
“Vamos combater com o máximo rigor o uso de EPO por atletas no Brasil, que põe em risco não apenas a integridade das provas, mas do bem-estar dos atletas'', disse Klein, ao ser questionado sobre o combate à EPO.
Os exames foram realizados no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, antigo Ladetec.
Fontes: Blog do Ohata e Lance! (texto editado)
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