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Organização da 93ª Corrida de São Silvestre reporta fraudes-A prova expõe o melhor e o pior do comportamento do brasileiro

Redação Bahiarun, 4 de janeiro de 2018

Participantes da 93ª Corrida de São Silvestre (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)


A 93ª Corrida Internacional de São Silvestre, realizada no último dia 31 de dezembro de 2017, deixou à mostra o que a população brasileira tem de positivo e negativo em termos de comportamento frente às regras e normas.
 
Muito embora tenha sido constatado que houve uma redução no número de corredores "pipocas", fato classificado como “positivo” nesta 93ª edição da prova, no entanto a organização do evento reportou fraudes e afirmou que os envolvidos serão punidos.

A Yescom (organizadora da prova) estima que 10% dos corredores tenham sido “pipocas”, isto é, pessoas que não estavam inscritas na prova. E, em 2016, quando faltou água, a estimativa é que eles tenham sido 50% dos atletas. Havia 30 mil inscritos.

Apesar dessa evolução, “Algumas atitudes negativas ainda aconteceram”, disseram os organizadores em comunicado enviado à imprensa no início desta semana.

Houve atletas que passaram seu número para não inscritos e que foram identificados pelas câmeras ao longo do percurso, pelo sistema de vídeo da chegada e pelas câmeras colocadas nos postos de água (novidade de 2017). Esse tipo de fraude resultará em desclassificação e banimento dos fraudadores do cadastro da São Silvestre e dos demais eventos da organização técnica" informou a empresa Yescom.

Houve também, segundo a organização, atletas que se inscreveram como idosos (60 anos ou mais) para obter 50% de desconto sem ter esse direito. “Serão reconhecidos e notificados”, declarou a empresa.

Mas o que mais tem repercutido foi a notícia que circula têm circulado por redes sociais, o que configura outro tipo de fraude. Mesmo com esse controle, corredores com número “clonado” entraram na zona de largada.

Estima-se que apenas de uma assessoria esportiva mais de 20 participantes correram com o mesmo número de peito (clonados). Medidas legais poderão ser tomadas também.

Vários corredores foram fotografados usando o mesmo número de peito 23023 na São Silvestre 2017 (Foto: Divulgação das amostras de fotos da empresa Fotop)

A Yescom declarou por e-mail o seguinte comunicado:

O Comitê Organizador irá excluir números duplicados mesmo que leve algum tempo. As pessoas serão identificadas por fotos de outros eventos e nos sites de vendas de fotos e todos terão seus CPFs bloqueados no sistema.

Copiar o número fere o regulamento e a lei. Donos dos números que se inscreveram e cederam para cópia serão notificados e receberão as devidas medidas perante a lei.

A pessoa que cedeu o número tera seu cadastro bloqueado em todas as provas da São Silvestre .

Já a Yescom fará o mesmo e estas pessoas não poderão mais se inscrever nas provas da Yescom .

A Assessoria Run Up terá seu cadastro bloqueado nas provas da Yescom e não terá mais espaço para montagem de tendas.

A partir de 2018 será assim.

Já a assessoria Run Up publicou a seguinte nota numa rede social:

Nota da assessoria Run Up publicada numa rede social (Fonte: Divulgação redes sociais)

Se por por um lado, a prova revela explicitamente a irreverência, a amizade e a solidariedade dos participantes, que fazem o evento ser o que é; por outro, o não cumprimento de regras é verificado e, mesmo que a minoria aja assim, afeta todo o conjunto.

Participantes irreverentes dão um tom de muita alegria e festividade na 93ª Corrida de São Silvestre (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

Há inúmeros exemplos de momentos em que “o melhor do brasileiro” pôde ser visto: o clima festivo antes da largada, a ajuda dada a um atleta caído, o incentivo vindo das calçadas e da rua, a distribuição de copos de plástico com cerveja na Brigadeiro organizada pelos próprios corredores amadores…

Poucos dias após a prova, descobriu-se que nem tudo foi festa. Os participantes começaram a perceber, nos sites de venda de fotos, pessoas com um mesmo número de peito, o qual, é claro, havia sido “clonado”.

Quem acaba pagando o preço (literalmente) dessas ações são os próprios corredores. Quanto mais complexa fica a operação de controle, mais cara se ela torna, encarecendo as inscrições. Mesmo quem não praticou uma irregularidade sofrerá de alguma forma as consequências dos atos alheios.

Esse tipo de comportamento não difere em nada do que acontece em outras provas e, sobretudo, no dia a dia na vida comum do cidadão brasileiro, no páis como um todo. "A São Silvestre é uma ocasião de exposição de comportamentos recorrentes. Não existe novidade. E é justamente esse o problema", declarou Andrei Spinassé no texto publicado no site Esportividade.

 

 


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