Treinador de atletismo é acusado de abusar sexualmente de atletas adolescentes
Redação Bahiarun, 8 de outubro de 2018
O técnico de atletismo Luiz Antônio Lino, o Lino de 70 anos, é acusado de abusar sexualmente de duas adolescentes de 13 e 15 anos, na cidade de Osasco-SP. O caso foi mostrado neste domingo (07/10) no Esporte Espetacular da TV Globo. As meninas fizeram boletim de ocorrência e a política investiga o caso.
Em relato ao programa da TV Globo, as duas meninas contam como eram as ações de Lino. Elas eram treinadas por Lino no Parque Ecológico de Osasco. Uma delas, inclusive, relata ter sido obrigada a fazer sexo oral duas vezes. Lino é ex-técnico das categorias de base da seleção brasileira de atletismo.
As adolescentes prestaram queixas na delegacia de Osasco (SP), cidade onde Lino é funcionário da prefeitura. Uma delas relatou que o ex-técnico, que tem 70 anos, a forçou a beija-lo e a praticar sexo oral.
Lino é conhecido no meio do atletismo. Já revelou talentos como Lucas Catanhede, decatleta que levou a medalha de prata no Troféu Brasil deste ano, e Bárbara de Oliveira, prata no revezamento 4x400m no Pan de Guadalajara de 2011.
Ele esteve na comissão técnica da delegação brasileira de atletismo em competições de base por vários anos. Foi treinador de atletismo da delegação brasileira nos Jogos Escolares Mundiais - Gymnasiade - em 2013.
Lino foi Treinador-chefe do Brasil no Sul-Americano de Menores (categoria até 17 anos), em 2014. Assim como no Campeonato Sul-Americano de Juvenis (até 19 anos), em 2015. Só para citar alguns exemplos.
A primeira denúncia foi feita pela adolescente de 15 anos. A vítima começou a treinar com Lino no meio do ano passado e sempre se sentiu incomodada com alguns comportamentos do treinador, com comentários inapropriados.
A mãe da vítima suspeitou que algo estava errado ao perceber que a filha estava inquieta após receber mensagens no celular. Quando pegou o celular da adolescente, ela encontrou fotos das partes íntimas do treinador e mensagens forçando um relacionamento.
Após esta denúncia, a outra vítima de 13 anos também foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência. A menina contou, em depoimento, que Lino insistia em dar carona para ela e que ele pagava em seus seios e dava tapas em sua bunda.
“Passava a mão na minha perna, apertava as minhas coxas. Ele pegou e falou que meu peito parecia um ‘escondidinho de queijo’ e falou da minha bunda”, contou a adolescente.
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) suspendeu preventivamente o treinador Lino e ofereceu às vítimas assessoria jurídica e psicológica.
"Eu imediatamente solicitei a ajuda do departamento jurídico, e eles colocaram que a gente deveria fazer uma suspensão preventiva do treinador. E, consequentemente, que esperasse o boletim de ocorrência que é um documento oficial", disse Warlindo Carneiro, presidente da CBAt.
O próprio Luiz Antônio Lino pediu descredencimento da entidade nesta semana após as denúncias das vítimas na Delegacia da Mulher de Osasco.
Em nota oficial, o Sesi afirmou que apenas cedia a pista de atletismo para as atividades e que nunca teve qualquer tipo de vínculo com o treinador.
Fontes: GE e UOL (texto editado)
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