A curiosa história do ultramaratonista que corre descalço e ajuda a outros corredores

Redação Bahiarun, 30 de agosto de 2024

O ultramaratonista Fábio Cordeiro, em entrevista recente, declarou que correr sempre foi uma paixão de criança e que depois de um tempo se tornou um hábito saudável de vida.

Fábio, atualmente com 51 anos, é morador de Vila de Abrantes e nos contou que depois de concluir uma prova de rua, em um evento realizado no bairro do Itaigara, em Salvador, há mais de 20 anos, quando ganhou um troféu e medalha, não parou mais de participar das corridas de rua.

Fábio revelou que correu nos 365 dias do ano de 2023. No ano passado foram 2.555 quilômetros percorridos. “É difícil você ter um tempinho para correr todos os dias do ano. Mas não era nenhum compromisso. Eu corria de manhã, de tarde ou de noite, 1km, 10km, 50km. Então, a corrida é para mim não pode ser uma obrigação. Enquanto não tiver tirado meu sono, for prazeroso, eu faço”, comentou.
“A minha meta era 3.650km no ano (com uma média de 10km/dia). Não consegui atingir, mas esse ano vou tentar de novo. Vou correr dois anos seguidos. Agora a meta é de 13km por dia para poder no final atingir os 10km que eu queria do ano passado”, citou Fábio.

O corredor não escolhe tipo de prova porque para ele o importante é estar participando das provas. “Eu gosto de todos os percursos as corridas, mas prefiro as de longas distâncias, maratonas e ultramaratonas. Fiz uma ultramaratona em Pernambuco que possui um percurso de 100km do frio, saindo de Garanhuns até Caruaru. Também já fui para Brasília também, onde corri os 100km dando a volta no Lago Paranoá, foi muito bom também”, pontuou.

Uma curiosidade do estilo de corrida de Fábio, é o fato de correr descalço. “Isso divide as opiniões. Muitos profissionais não gostam. Já tenho 9 anos correndo descalço, esse ano é o meu 10º ano e lesão zero. Nunca mais eu tive nenhuma lesão muscular, óssea ou nos tendões, nesse período correndo descalço”, salientou.

E a preparação dele antes das provas também não é restritiva ao extremo. “Eu como de tudo, só não exagero. Eu mesmo que experimento tudo e vou vendo o que é bom para mim. Mas saliento que aquilo que serve para mim pode não ser uma coisa boa para outras pessoas. Então, cada um vai se adaptando. Contudo, também considero que é bom o corredor ter um profissional que possa o acompanhar e um grupo para incentivar”, explicou.

O corredor amador (muito conhecido como Suco do Coroa), revelou que um dos maiores prêmios obtidos na corrida, são as amizades que já conquistou nessas mais de duas décadas de corrida de rua.

Ele é uma unanimidade de amizade e simpatia entre os participantes das corridas. Fabio se faz presente em todas as provas em Salvador, sempre com um sorriso no rosto e prestes a ajudar aos que estão correndo, mesmo que para isso, ele abra mão de sua própria corrida.

Fábio contou que a paixão pela corrida é tamanha que não participa das provas para ganhar. “Gosto muito também de ser guia. Eu já guiei vários deficientes visuais entre homens e mulheres. Já guiei dois deles ao mesmo tempo. Se a pessoa não tiver visão nenhuma, comigo consegue correr”, citou.

É comum Fábio correr fantasiado com trajes imitando as características de um determinado corredor, fazendo homenagem àqueles a quem ele admira e que marcaram sua vida no meio das corridas de rua.

Às vezes eu nem estou inscrito na corrida, mas participo junto com os demais corredores para incentivá-los e ajuda-los. Os organizadores já me conhecem, mas sabem que a minha corrida na pipoca não acarreta qualquer prejuízo ao bom andamento da corrida, não atrapalha, pelo contrário, ajuda”, finaliza.

Para conhecer melhor a história de Fábio é só acessar o perfil dele no Instagram @sucodocoroa.

𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒: 𝑤𝑤𝑤.𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑎𝑏𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠.𝑐𝑜𝑚.𝑏𝑟 (𝑡𝑒𝑥𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑎𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜)