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O Brasil perdeu aos 46 anos a atleta e treinadora Cris Carvalho

Redação Bahiarun, 28 de dezembro de 2015

Cris Carvalho _ Triatleta com cancer

Cris Carvalho (Foto: Divulgação Internet)

No último dia 25 de dezembro de 2015, o Brasil perdeu uma das maiores triatletas de sua história, Cristina de Carvalho, aos 46 anos. Conhecida por sua tenacidade e capacidade incrível de superar adversidades, Cris Carvalho nos deixou, vencida por um câncer.

A comunidade dos esportes de endurance, e não apenas do triathlon, está triste, pois Cristina era polivalente e admirada em várias “tribos”, participando de corridas off-road, ultramaratonas, duathlons, triathlons, MTB e tudo que viesse pela frente e representasse, resistência, adrenalina e paixão.

E ela era apaixonada pelo que fazia, como grande treinadora que era e Diretora técnica do Núcleo Aventura e do Projeto Mulher, uma das primeiras especializadas no treinamento de corrida para mulheres de São Paulo.

Cris Carvalho, Professora de EDF, Fundadora do Projeto Mulher/ Núcleo Aventura (Foto: Núcleo Aventura)

Cris Carvalho (Foto: O2 por minuto)

Cris entrou no endurance praticamente competindo. Na verdade, começou um pouco antes, pegando onda de bodyboarding. Mas, começou a correr, primeiro para manter a forma, no entanto logo percebeu que levava jeito para a coisa. Eram tempos de caloura na educação física da USP, que anualmente era convidada a participar de uma prova de corrida de revezamento no Japão. “Meu teste de aptidão para aquela prova foi muito bom”, comentou ela. “E logo que entrei na faculdade acabei convocada para a seleção de atletismo.” Mesmo longe de seus laboratórios de genética, a USP acabara de criar um “monstro”.

Do atletismo migrou para o triathlon (mas continuava pegando onda). Nos anos 90 foi dominante como triatleta, tendo conquistas nacionais, sul-americanas e até no Ironman Havaí, onde foi top 15. No off-road foi top no XTERRA, conquistou títulos brasileiros em corridas de aventura, competiu no Ecomotion, Cruce de Los Andes, UTMB, entre várias outras vitórias e desempenhos memoráveis. Ela foi uma das pioneiras na participação feminina nas corridas Trail Running no Brasil. Tudo isso foi uma parte na vida de Cris,  ajudando-a se tornar a mulher admirável que todos vimos.

Cris Carvalho_Xterra-07

Cris Carvalho, atleta e Professora de Educação Física, Fundadora do Projeto Mulher/ Núcleo Aventura (Foto: Núcleo Aventura)

Ao final da Meia Maratona de Buenos Aires, no ano de 2012, a ex-atleta de elite e treinadora de ponta Cris Carvalho tinha motivos de sobra para comemorar. Aos 43 anos, com o tempo de 01h26min ficou em segundo lugar na prova.

Cris obviamente comemorou o resultado, mas uma das razões de Cris Carvalho estar na prova argentina era acompanhar um grupo de alunos ligados a uma empresa de audiologia — alguns deles fonoaudiólogos, que recomendaram que sua treinadora fizesse uma pequena cirurgia corretiva de septo nasal. Foi então que veio a surpresa, o diagnóstico do câncer na mama.

Havia feito três mamografias por causa desse mesmo nódulo e todas deram negativo. A quarta deu positivo”, revelou a atleta na época. Uma biópsia confirmou a presença do câncer. O choque foi inevitável e, pior ainda, com a indicação da possibilidade de metástase. “Como é que um tumor benigno se torna maligno de uma hora pra outra", comentou Cris de uma forma surpresa.

O câncer que teve início no seio, alastrou-se para os ossos e depois de vários anos de luta, a terrível doença acabou vencendo a brava e de espírito indomável, atleta e treinadora, Cris Carvalho, aos 46 anos de idade.

Vários amigos usaram as redes sociais para postar mensagens. "Vi Cris se desenvolver no esporte sempre alegre disposta e prestativa. Hoje tenho certeza que Deus recolheu um anjo para retornar ao convívio Dele. Valeu Cris", declarou a atleta Cleuza Maria Irineu.

Outro amigo que escreveu sobre Cris, foi Alexandre Manzan: “Uma das piores coisas de se envelhecer é perder os amigos. Hoje tomei outro golpe da dura labuta de se envelhecer. Perdi minha amiga Cris, a Cris Carvalho, a 'professora'. Não faço a menor ideia para onde vamos (se é que vamos) quando morremos, mas se existe um “céu”, tenho certeza de que é pra lá que quero ir um dia para reencontrar boa parte das alegrias que tive aqui. Godoy, Zaranza, Léo Costas, João Thomás, Dentinho e agora você, Cris. A gente se fala…", postou Manzan.

Fonte: Tri Sport Magazine (texto editado)


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